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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Advento e Natal

A espiritualidade do Advento e
preparação para o Natal

Viver o Advento é preparar bem a Festa do Natal, 
para chegar à profundidade do mistério de um Deus.

Na Igreja Católica, a palavra 'Advento' se refere ao período de quatro semanas preparatórias para o Natal. Nos escritos dos primeiros séculos, torna-se termo clássico para designar a vinda de Cristo. Trata-se de preparar bem a Festa do Natal, fazendo-a superar a mera comercialização ou as insuficientes emoções humanas, para chegar à profundidade do mistério de um Deus que nasceu entre os homens, a fim de orientar o mundo e a humanidade, segundo um novo plano.


O Menino Jesus que nasceu em Belém, pobre e rejeitado, é realmente o Rei do Universo. Ele não impõe a sua vontade e o seu reinado, mas convida a todos a acolher sua lei e construir, assim, uma sociedade de paz e universal fraternidade.

domingo, 12 de outubro de 2014

Testemunho de fé

Nossa Senhora Aparecida


Maria, medianeira de todas as graças




Neste Domingo, celebra-se, no Brasil, a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Todas as leituras apresentam o mistério da intercessão de Maria Santíssima, culminando com o Evangelho, que narra o milagre das bodas de Caná.

No começo desta reflexão, é importante destacar que, quando se fala da mediação de Nossa Senhora, não se fala da mesma coisa que fazem os santos, quando intercedem. A intervenção de Maria possui uma peculiaridade, que está ligada ao seu papel único na obra da salvação. Desde o início, a Igreja tem consciência de que, embora seja um só o redentor do gênero humano, Jesus Cristo, essa redenção se operou com a colaboração direta da Virgem Santíssima. É por isso que, assim como São Paulo chama Jesus de “novo Adão” [1], a Igreja – por meio de padres como São Justino, Santo Inácio, Santo Irineu, Tertuliano etc. – nunca hesitou chamar Maria de “nova Eva”, pois, assim como um anjo visitou uma virgem, no Gênesis, para perder a humanidade, outro anjo visitou outra virgem, na plenitude dos tempos, para salvá-la.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Celibato Sacerdotal

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DO CELIBATO SACERDOTAL 

Dom Herique, bispo auxiliar de Aracaju, oferece a tradução deste estudo do Pe. Christian Cochini, SJ, sobre o celibato sacerdotal, aparecido na revista Sacrum Ministerium, número 2 de 1997, que aqui é apresentado. Com a finalidade que seja útil e esclarecedora, ajudando-o a apreciar o inestimável dom do celibato sacerdotal para toda a Igreja. 

Passaram-se já trinta anos da publicação da Encíclia Sacerdotalis Caelibatus, emanada do Papa Paulo VI. Trinta anos de pesquisa, como desejou o seu Autor, mas também trinta anos de crise. Não em maior medida do que fez o Concílio Vaticano II nem mais do que fizeram outras declarações do Magistério sobre a questão, o documento papal na realidade não pôs fim às contestações. No clima social dos anos 60, saturado de erotismo, a dúvida que tomou conta de muitos concernente ao valor do celibato sacerdotal encontrou com extrema facilidade um terreno particularmente fértil no qual multiplicar-se. Às motivações amplamente desenvolvidas por Paulo VI para justificar a disciplina da Igreja latina responderam numerosas vozes que levantaram outros tantos moticos para criticá-la. Foi como se a Encíclia, contrariamente ao seu objetivo, tivesse aberto um debate no qual cada um sentia-se autorizado a intervir, com propósito e com despropósito. Aplaudido pelos meios de comunicação, o matrimônio de muitos sacerdotes revestiu-se de um odor profético e vários teólogos colocaram em questão os fundamentos do celibato. 

Trinta anos, no curso dos quais verificaram-se não poucos dramas, mas que permitiram à Igreja exercitar uma ação de discernimento mais profundo. Em 1992, a diagnose contida na Exortação apostólica Pastores dabo vobis, de João Paulo II, graças à sua precisão e sua clareza, anunciou a conclusão da crise. Fruto da reflexão colegial do Episcopado do mundo inteiro no Sínodo de 1990, pode-se afirmar que o novo documento redescobriu “toda a profundidade da identidade sacerdotal” e mostrou que somente “um conhecimento exato e profundo da natureza e da missão do sacerdócio ministerial” poderia resolver o problema. O sacerdote não é e não será nunca um “funcionário”; ele é unido a Cristo, Sumo Sacerdote e Bom Pastor, com um liame ontológico específico que faz dele, no sentido forte do termo, um alter Christus. A imitação da virgindade de Cristo é também, para este outro Cristo que é o sacerdote, um caminho seguro para assemelhar-se a Ele e, com Ele, “oferecer-se por ela”, pela Igreja, sua Esposa. Sobre este fundamento teológico incontestável o celibato sacerdotal reencontra a sua alta nobreza. Ao manifestar as suas raízes evangélicas, a Exortação apostólica Pastores dabo vobis une esta vocação celibatária Àquele que, de um modo único e irrepetível, pode dar-lhe significado e oferecer àqueles que são chamados a vivê-la, o cêntuplo em termos de amor e de paternidade. 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Celibato

Celibato, sinal escatológico


Introdução

“Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração” (Os2,14).
Convém dar um conceito básico sobre o que é escatologia. Escatologia: Do gregoéskata (coisas últimas) e logos (conhecimento): estuda o que, pela Revelação, sabemos acerca do que existe após o fim da vida terrena. Pode dividir-se em três partes: a) Escatologia Universal: vinda gloriosa de Cristo no fim do mundo e plenitude do Reino de Deus; b) Escatologia Individual: morte de cada ser humano e seu destino eterno; c) Escatologia Intermédia: abarca desde a morte de cada pessoa até à sua ressurreição no último dia. “Celibato, sinal escatológico” quer entender o exercício da sexualidade do celibatário pela luz do que acontecerá após a morte e ressurreição.

Uma das dificuldades para se entender o estado celibatário é a falta de fé. O celibato é, antes de tudo, um carisma. Não é apenas um meio para se ganhar tempo, ou outro fim material. Não é uma opção acidental ou casual. O celibato possui algumas vantagens e características facilmente compreensíveis a qualquer um mesmo sem fé, mas o seu motivo essencial é de fé. E uma fé que reconhece a) Jesus Cristo; b) a Igreja Católica como Esposa de Cristo; c) e o Reino dos céus, onde veremos Deus face-a-face. Logo se vê que alguém, que não confessasse a fé católica, difilcilmente compreenderá a profundidade da questão. Assim como alguém que não cresse, quissesse falar sobre a Eucaristia, não teria a profundidade suficiente de quem vive da fé. O celibato é um mistério da fé.

O celibato, seja sacerdotal ou leigo, possui uma dimensão esponsal e paternal-maternal. Isso é desconhecido pela maioria das pessoas. Assim como o matrimônio humano também possui uma dimensão virginal. Logo se vê que a questão vai muito mais além do que se pensa.

Corrre-se o risco de que se viva na prática o celibato, mas sem compreendê-lo plenamente. E com isso, em vez de ser um carisma, se torna uma restrição para o amor. Percebe-se que uma visão secularizada do celibato só possa ver aí a frustração dos instintos mais básicos do ser humano. Mas não é essa a experiência de milhões e milhões de celibatários ao longo da história. Poderíamos dizer com santa Teresinha : “no coração da Igreja, serei o amor“.


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Artigo

Para participar com fruto da Santa Missa


Para viver bem a Semana Santa, é importante descobrir como receber os frutos do sacrifício de Cristo no Calvário. E já que, na realidade, o sacrifício da Missa é substancialmente o mesmo que se deu na Cruz, essa questão se resume a como participarmos bem da Santa Missa.

Até agora, vimos que o sacerdócio de Cristo começou com Sua encarnação. O próprio ato de fazer-se homem constituiu Jesus sacerdote porque, pela união hipostática, Ele tornou-se “pontífice”, intermediário entre as duas naturezas: a humana e a divina. E, desde que veio ao mundo, Jesus começou a sua oblação interior, oferecendo a Deus adoração, ação de graças, súplica e reparação perfeitas. Já na carpintaria de Nazaré Ele se entregava ao Pai com amor e generosidade infinitas. Porém, tecnicamente, aquilo ainda não era sacrifício, já que este exige uma vítima externa, passiva e capaz de expressar exteriormente a oblação interna e ativa que se passa no coração do sacerdote.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Artigo

Ainda vale a pena ler "A Imitação de Cristo"?

O livro "A Imitação de Cristo" foi um dos mais traduzidos no mundo. Alguns dizem que entre os livros religiosos, depois da Bíblia, ele foi o mais traduzido. Escrito antes da invenção da imprensa, é de surpreender que milhares de cópias estavam espalhadas pelas bibliotecas da Europa.


Apesar de sua popularidade, não se tinha conhecimento de quem o escrevera, de seu autor. Não é de se admirar, pois no Capítulo II lê-se: "estima ser ignorado e tido em nenhuma conta" ou no original em latim: "ama nesciri et pro nihilo reputari". O Capítulo V adverte os leitores a não procurar quem disse, mas a prestarem atenção ao que foi dito: "non quaeras quis hoc dixerit: sed quid dicatur attende", ou seja, não importa quem escreveu "A Imitação de Cristo", mas tão somente a sua mensagem.

Todavia, como a pergunta é se ainda vale a pena lê-lo, saber quem o escreveu pode ser de alguma valia. Conforme os estudos dão conta, foi escrito pelo padre Thomas Hemerken, nascido na cidade alemã de Kempen que, ao ser colocada na forma latina torna-se Kempis, assim diz-se que o livro foi escrito por "Thomas de Kempis".

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Vem para fora

(Jo 11,3-7.17.20-27.33b-45)

A chave de leitura deste belíssimo Evangelho, que expressa de modo dramático o afeto, a humanidade e o amor de Jesus, são a Sua paixão, morte e ressurreição. A pedido de Marta e Maria, Jesus sai da região da Galileia e vai a Betânia, que ficava a “uns três quilômetros” (v. 18) de Jerusalém, consciente de que sobe para dar a vida, seja para Lázaro, seja para todos os homens, na morte da Cruz. Os próprios discípulos, ao ouvirem a proposta de Jesus de voltar à Judeia, respondem: “Mestre, agora há pouco os judeus queriam te apedrejar, e vais de novo para lá?” (v. 8).

Então, para compreender em profundidade a narrativa de São João, é preciso recorrer a outro trecho desse mesmo Evangelho, em que Jesus diz que “ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos” [1]. Em Betânia, Jesus dá a vida a Lázaro e, em troca, Ele mesmo ganha a morte.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A importância de rezar

"São Clemente Hofbauer, nunca ia visitar um pecador obstinado sem rezar pelo caminho o terço. - Todas as vezes, dizia ele, que rezei o terço por um pecador, obtive a sua conversão. Quando o chamavam para um doente de longe, ficava mais contente porque podia rezar mais mistérios. Se ouvia falar de um pecador endurecido, começava logo a rezar o terço, aconselhando o mesmo aos outros. Aos rapazes oferecia terços pequenos, que não lhes fosse incômodos trazer, e pedia-lhes que o rezassem ao passearem pelas ruas de Viena, como preventivo contra os numerosos perigos da grande cidade. Uma testemunha do seu processo de canonização declarou que, por meio deste conselho preservou muitas almas do pecado."



Trecho do livro Catequese Ilustrada pela Bíblia e Exemplos do Pe. Miguel Meier SJ. Ed. A Nação, Porto Alegre, 1953. p.230.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Persistência em favor da vocação



São João Neumann: persistência em favor da vocação



Para começar bem o ano de 2014, vamos trazer um pouco da história de dois missionários que fizeram história na Congregação do Santíssimo Redentor por vivenciarem profundamente a vocação redentorista. Esta semana você conhecerá um pouco sobre São João Neumann e na semana que vem sobre o Beato Pedro Donders.



No dia 5 de janeiro, os redentoristas de todo o mundo celebram São João Neumann. Nascido em 1811, onde hoje é a República Tcheca, João entrou para o seminário com aproximadamente 20 anos. Estudou filosofia e teologia, e possuía o dom das línguas, pois falava tcheco, alemão e inglês, entre outros idiomas.



Quando terminou seus estudos, no entanto, João teve uma surpresa: o bispo local decidiu que não haveria mais ordenações lá. Certo de sua vocação para o sacerdócio e para o trabalho com o povo, o jovem embarcou de navio para os Estados Unidos da América onde, enfim, pode ser ordenado padre.



Nos EUA conheceu os redentoristas, que também haviam chegado ao país há pouco tempo. João sonhava viver em comunidade e ingressou, então, na Congregação Redentorista. Distinguiu-se pelo atendimento aos necessitados, principalmente aos imigrantes, devido à facilidade em se comunicar em outras línguas.



Foi bispo da Filadélfia e continuou com seu espírito missionário, trabalhando em favor das periferias e comunidades rurais. Faleceu em 1860. Em 1977 se tornou o primeiro santo canonizado que trabalhou na América do Norte. Como São João Neumann, sejamos persistentes em nossa vocação!



Fonte:


  

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A consciência e a vida correta

A consciência e a vida correta
Por Joseph Ratzinger

Seguir a consciência significa realizar todos os nossos gostos? O conceito de autoridade exclui o conceito de liberdade? O então Cardeal Ratzinger fala sobre essas e outras questões nesse conjunto de reflexões tirado do posfácio do livro Joseph Ratzinger: uma biografia.

A unidade do homem tem um órgão: a consciência. Foi uma ousadia de São Paulo afirmar que todos os homens têm a capacidade de escutar a sua consciência, separando assim a questão da salvação da questão do conhecimento e da observância da Torah e situando-a no terreno da comum exigência da consciência em que o Deus único fala e diz a cada um o que é verdadeiramente essencial na Torah: Quando os gentios, que não têm lei, cumprem naturalmente as prescrições da lei, sem ter lei são lei para si mesmos, demonstrando que têm a realidade dessa lei escrita no seu coração, segundo o testemunho da sua consciência... (Rom 2, 14 e segs.). Paulo não diz: “Se os gentios se mantiverem firmes na sua religião, isso é bom diante do juízo de Deus”. Pelo contrário, ele condena grande parte das práticas religiosas daquele tempo. Remete para outra fonte, para aquela que todos trazem escrita no coração, ao único bem do único Deus.

Seja como for, aqui se enfrentam hoje dois conceitos contrários de consciência, que na maioria das vezes simplesmente se intrometem um no outro. Para Paulo, a consciência é o órgão da transparência do único Deus em todos os homens, que são um homem. Em contrapartida, atualmente a consciência aparece como expressão do caráter absoluto do sujeito, acima do qual não pode haver, no campo moral, nenhuma instância superior. O bem como tal não seria cognoscível. O Deus único não seria cognoscível. No que diz respeito à moral e à religião, a última instância seria o sujeito.

Isto seria lógico, se a verdade como tal fosse inacessível. Assim, o conceito moderno da consciência equivale à canonização do relativismo, da impossibilidade de haver normas morais e religiosas comuns, ao passo que, pelo contrário, para Paulo e para a tradição cristã, a consciência sempre foi a garantia da unidade do ser humano e da cognoscibilidade de Deus, e assim da obrigatoriedade comum de um mesmo e único bem. O fato de que em todos os tempos houve e há santos pagãos baseia-se em que em todos os lugares e em todos os tempos – embora muitas vezes com grande esforço e apenas parcialmente – a voz do coração era perceptível; a Torah de Deus se nos fazia perceptível como obrigação dentro de nós mesmos, no nosso ser criatural, e assim tornava possível que superássemos a mera subjetividade na relação de uns com os outros e na relação com Deus. E isto é a salvação (1).

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A mediação de Maria contra o escândalo do mal

A intercessão de Nossa Senhora é uma das principais 
armas do cristão contra o flagelo do pecado

A recente decisão do Papa Francisco de repetir o gesto de seus predecessores,  consagrando novamente o mundo ao Imaculado Coração de Maria, reacende no coração dos católicos a necessária devoção mariana, já que "não há fruto da graça na história da salvação que não tenha como instrumento necessário a mediação de Nossa Senhora"01. Ela, a Tota Pulchra, a Virgem Puríssima cuja maternidade divina se estende desde o céu a toda a humanidade, é quem prodigaliza as bênçãos da paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, repartindo-as de bom grado entre cada um de seus filhos, sobretudo entre aqueles que souberem optar pelo sim total ao seu dulcíssimo coração.

O vale de lágrimas no qual se transformou os países do Oriente Médio, em especial, o Egito, onde centenas de milhares de cristãos estão sofrendo, vítimas da perseguição de extremistas islâmicos, provoca, obviamente, dor, desespero e indignação. A experiência daqueles que, de sobressalto, veem-se mergulhados numa esfera de terror e medo, como é a dessas nações neste momento, suscita as palavras de Cristo na cruz: "Eli, Eli, lammá sabactáni? - o que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Cf. Mt 27, 46). Por outro lado, ao longo desses dois milênios de Cristandade, a intercessão da Virgem Maria pelos filhos da Igreja sempre foi um refúgio seguro para defesa da fé. Com efeito, cada fiel é novamente convidado a recorrer à proteção da Mãe de Deus, tida pela Tradição como a Auxilium Christianorum, sempre que o bem da causa de Cristo estiver em jogo, como o está agora.

Recorda o Papa Leão XIII, na sua Encíclica Augustissimae Virginis Mariae acerca da récita do rosário, que "a história da Igreja atesta a força e a eficácia destas orações, recordando-nos a derrota das forças turcas na batalha naval de Lepanto, e as esplêndidas vitórias alcançadas no século passado sobre os mesmos Turcos em Temesvar, na Hungria, e perto da ilha de Corfu"(Cf. 09). Alçada pela vontade de Deus à graça de cooperar na obra da salvação, Maria, sempre que invocada por seus filhos, não os abandonou à própria sorte, antes, agiu de forma decisiva para o êxito da Igreja e para glória do nome de seu filho, Nosso Senhor e Salvador.

Inúmeros são os testemunhos dos santos que, abandonando-se à proteção maternal de Maria, puderam antegozar na terra o paraíso que os aguardava no céu. Ora, e não há um sequer que tenha chegado à glória dos altares sem antes ter-se formado no cenáculo da Beatíssima Virgem, o qual também formou Jesus durante 30 anos, período em que viveu servindo-a em silêncio e recolhimento antes da sua revelação pública. Tamanha é a pureza de Maria, diz São Luís Maria Grignon de Montfort, "que Ela glorificou mais Deus pela mínima das suas obras (por exemplo: fiar na sua roca ou dar alguns pontos de costura com agulha), do que São Lourenço pelo cruel martírio que sofreu na grelha, e mesmo do que todos os santos pelas suas mais heróicas ações".

Na condição de criatura escolhida por Deus para dar à luz o seu próprio filho, Maria teve a nobre missão de ensinar a Palavra de Deus a falar, uma vez que era Ele "semelhante a nós em tudo, exceto no pecado" (Cf. CIC, n.470). Se, portanto, Deus, para redimir o gênero humano, se submeteu aos cuidados de uma mulher, acolhendo-a por mãe, que resta à humanidade senão ir ao encontro dessa mesma mulher em caráter verdadeiramente filial? Ora, se Deus a amou como Filho, como não amá-la e servi-la também?

Ocorre que, perante o flagelo da humanidade pelo pecado e pela ação destruidora do mal, é exatamente neste momento - lembra Bento XVI - "que teremos em Nossa Senhora a melhor defesa contra os males que afligem a vida moderna". Com efeito, faz-se mais do que urgente a consagração total ao Imaculado Coração de Maria, porquanto "foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo".02

Referências
1.         Missa e Canonização de Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, OFM

2.         Cf. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n. 01

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Perpetuo Socorro

ORIGEM DA DEVOÇÃO

Muito venerado no oriente desde os tempos imemoriais, o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está entre as mais expressivas invocações a Maria, Mãe de Deus. No Brasil, a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é muito popular. As novenas perpétuas são bastante concorridas e participadas onde são celebradas.

Origem desconhecida

Não se conhece a origem da pintura denominada Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Alguns historiadores indicam que o quadro teria sido pintado por uma artista grego, por volta do século XIII ou XIV. Sabe-se, porém, que ele pertencia a uma igreja na ilha de Creta, onde era venerado.

O roubo do Quadro

A história nos conta que o quadro foi roubado dessa igreja por um rico comerciante, que o levou para vendê-lo em Roma. Dizem que, durante a viagem, uma forte tempestade colocou em perigo a vida dos passageiros e somente com a intervenção de Nossa Senhora eles conseguiram se salvar.

Aparições

Quando o comerciante morreu, o quadro ficou sob a guarda de uma família romana e foi nessa casa que Nossa Senhora apareceu a uma menina de seis anos e pediu que o quadro fosse colocado em uma igreja onde ela deveria ser venerada com o título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Em outra aparição, Nossa Senhora indicou que gostaria que o quadro fosse colocado na Igreja de São Mateus, cuidada pelos padres agostinianos.

O quadro foi esquecido

Então, o quadro foi entregue à igreja de São Mateus, no ano de 1499, onde permaneceu durante 300 anos. A Igreja tornou-se local de peregrinação e muitos que lá acorriam contavam graças recebidas por intermédio de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Com a invasão de Roma pelos franceses, em fins do século XVIII, a igreja foi destruída e os religiosos agostinianos que ali trabalhavam levaram o ícone para outro lugar, onde ficou guardado e esquecido.

Papa Pio IX confia o quadro aos Redentoristas

Em 19 de janeiro de 1866, o Papa Pio IX confiou o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aos missionários redentoristas, com a especial recomendação: “Fazei que todo o mundo A conheça”. Para torná-lo conhecido e amado em todo o mundo outras cópias seguiram com esses missionários para a divulgação da devoção. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi declarada Padroeira dos Redentoristas, cuja a festa é celebrada no dia 27 de junho.

Padroeira dos Redentoristas


Depois de restaurado, o ícone foi devolvido à veneração pública e entronizado solenemente na igreja de Santo Afonso, construída sobre as ruínas da antiga igreja de São Mateus e de São João de Latrão. Hoje, o quadro é o ícone da tradição bizantina mais venerado no mundo, graças ao trabalho dos redentoristas.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Virgem Maria

Virgem Maria contra Satanás


Por que é que Maria é tão poderosa contra o demônio? Por que é que o Maligno treme e foge diante da Virgem? Se até agora já expusemos os motivos doutrinais, é tempo de dizer alguma coisa mais concreta que manifeste a experiência de todos os exorcistas.

Começo precisamente pela apologia da Senhora, que o próprio demônio foi obrigado a fazer. Obrigado por Deus, falou melhor do que qualquer pregador.

Em 1823, em Ariano Irpino (Avelino, Itália), dois célebres pregadores dominicanos, os padres Cassiti e Pignataro, foram convidados a exorcizar um rapaz. Nessa época, discutia-se entre os teólogos sobre a verdade da Imaculada Conceição, que haveria de ser proclamada dogma de fé, trinta e um ano depois, em 1854. Pois bem, os dois frades impuseram ao demônio que demonstrasse que Maria era Imaculada, obrigando-o a fazê-lo através de um soneto: uma poesia de catorze versos hendecassílabos com rima própria obrigatória. Note-se que o endemoniado era um menino analfabeto de doze anos.


sábado, 24 de novembro de 2012

Como gostar do santo


Paulo de Oliveira pediu-me para escrever um artigo sobre São João Neumann. Nem bem ele acabara de me pedir e eu já estava pensando no Santo; mas pensando daquele jeito de saber seu nome corretamente, saber detalhes de sua terra natal, saber se tinha pais, irmãos, profissão e coisas do gênero; saber também se era pobre, porque a maioria dos santos vem de famílias assim, que encontram em Deus um sentido melhor de vida.

Aconteceu, porém, que nesse meio tempo, tive de participar de uns dias de estudos, promovidos pelo CERESP - Centro Redentorista de Espiritualidade em São Paulo. E vejam só o que coincidência! Logo a primeira palestra era sobre São João Neumann; e o palestrante começou falando assim: “Santo a gente conhece para gostar...! Eu logo pensei que ele estava certo, porque é muito diferente comparar a biografia de um santo com biografias de cientistas, políticos, jogadores e aventureiros.


Se eu disser o nome do palestrante vocês vão concordar que ele tinha razão. Trata-se do Padre José Raimundo Vidigal, C.Ss.R.. Como vocês talvez já saibam, foi o Pe. Vidigal, C.Ss.R. que traduziu, do inglês uma biografia de São João Neumann, escrita pelo Pe. Richard Boever, C.Ss.R. lançada pela Editora Scala (www.graficascala.com.br), de nossos Padres Redentoristas em Goiás. E a ideia de que “a gente lê a biografia do santo querendo gostar dele”, é do Pe. Richard, C.Ss.R. na introdução de seu livro.

Um conselho: Se você quiser parar de ler este artigo e comprar logo o tal livro, eu fico contente, porque vale a pena, acesse www.graficascala.com.br. Mas, se você não puder comprar logo, então vou escrever mais um pouco.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Bicentenário

Circular do Superior Geral dos Redentoristas sobre os 200 anos do nascimento de São João Nepomuceno Neumann


Caros Confrades, Irmãs e Leigos Associados,

Saudações em nome de Jesus Cristo que nos chama a pregar o Evangelho de modo sempre novo e envia-nos com alegria aos mais abandonados e pobres!

Escrevo esta carta para comemorar o 200º aniversário do nascimento de São João Nepomuceno Neumann. Ele nasceu no dia 28 de março de 1811 em Prachatitz, Boêmia. Na homilia no dia da sua beatificação, Paulo VI resumiu sua vida em poucas e significativas palavras:

Ele se fez próximo dos doentes, sentia-se à vontade com os pobres, era amigo dos pecadores, e hoje é a glória de todos os imigrantes, e do ponto de vista das Bem-aventuranças, o símbolo do êxito cristão.

Convido cada um de vocês a lembrar e celebrar durante este ano o dom que Deus deu à Igreja e à Congregação na vida deste notável Redentorista, a glória de todos os imigrantes, no contexto do apelo de nosso último Capítulo Geral.